quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Qualidade em Saúde: como alavancar sua carreira na área com o curso de Introdução à Acreditação CBA/JCI?


Qualidade em Saúde: como alavancar sua carreira na área com o
curso de Introdução à Acreditação CBA/JCI?
Cada vez mais importante dentro das instituições de saúde, a área da Qualidade tem o objetivo de garantir mais segurança no cuidado prestado aos pacientes. Para isso, padrões como os do Manual de Padrões de Acreditação da Joint Commission International (JCI) devem ser seguidos por todos os profissionais de saúde.
O curso de Introdução à Acreditação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) apresenta a Metodologia da JCI e ensina o que deve ser feito para que um processo de acreditação seja efetivo dentro da instituição de saúde, tornando seus alunos aptos a auxiliarem a implementação e manutenção do programa. As aulas acontecem nos dias 26 e 27 de outubro, de 8h30 às 17h30, no Rio de Janeiro.
Confira opiniões de ex-alunos e profissionais da área e veja de que forma o curso do CBA/JCI pode ajudar sua carreira.
Aprenda o passo a passo de um processo de acreditação
Além de explicar como se realiza uma avaliação de maneira minuciosa e assertiva, o curso de Introdução à Acreditação mostra como um processo de acreditação envolve, também, educação e melhoria contínua dos processos.
“O curso é de extrema importância na compreensão de conceitos-chaves para o processo de acreditação de serviços de saúde e orienta de forma clara a condução de todo o projeto de certificação e manutenção da qualidade do serviço. Atualmente, estou como gerente de Qualidade de um grande grupo de hospitais de São Paulo e, sem dúvida, posso afirmar que o curso consolidou algumas informações que vão nos apoiar na condução de novos projetos”, Daniel Teixeira.
“O curso deu o entendimento correto de como implantar a metodologia, a complexidade de cada padrão e a dimensão de cada elemento de mensuração”, Luiz Carlos Bordin, gerente de Enfermagem de instituição hospitalar.
Saiba implantar os padrões da qualidade
O curso CBA/JCI também capacita o profissional a auxiliar as instituições de saúde na implementação, preparação e manutenção do programa de Acreditação Internacional.
“O curso impulsionou muito minha carreira. Fui contratada logo após para coordenar a equipe multiprofissional da Unimed São José do Rio Preto, onde atuo hoje implementando processos inovadores baseados na metodologia JCI”, Rita Luciane Vila Real, coordenadora multiprofissional da Unimed Rio Preto. O curso também fez diferença para a gerente da Qualidade da Hospitalar ATS: “o curso impulsionou minha carreira, meu interesse e minha dedicação pela busca por qualidade e segurança”, diz Bárbara Schneider.
Conheça os elementos de mensuração
Parte importante do programa de acreditação, os indicadores da qualidade mostram quais processos estão sendo realizados de forma correta. Durante as aulas, os profissionais têm contato com a prática da mensuração e de que forma ela deve ser realizada.
“Foi interessante também saber que a acreditação não se resume a avaliação pura e simples das partes envolvidas. O curso ajudou na minha formação, fornecendo informações de como realizar as melhores práticas, registrando-as de maneira estruturada e mensurável”, Marcio Irita Haro, médico e coordenador da UTI do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo (SP).
Entenda as diferenças entre os manuais
A área da Qualidade em Saúde está em constante evolução. Por isso, é importante estar a par das atualizações dos padrões de segurança e qualidade dos manuais de Acreditação. O curso do CBA é baseado na 6ª edição do Manual da JCI, usado nos novos processos de certificação das instituições de saúde.
“Gostei do curso principalmente porque me ajudou nas diferenças entre os manuais. Eu já conhecia a edição anterior e as aulas me ajudaram com algumas dúvidas”, Mariana Rodriguez, médica e gerente da Qualidade Hospitalar.
Faça o processo seletivo após as aulas
Ao final do curso, o CBA fará um processo de seleção de Educadores para integrarem sua equipe. Esses profissionais são responsáveis por realizarem Avaliações de Educação nas instituições de saúde. Faça sua inscrição e saiba mais em http://ead.cbacred.org.br/curso/introducao-a-acreditacao-internacional-presencial-rj

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Websérie: A Experiencia digital na preparação para a acreditação



WEBSÉRIE MEDPORTAL - GRATUITA
Assistam a Entrevista sobre 
A experiência digital na preparação para a acreditação 
com Dr. José de Lima Valverde - Coordenador de Acreditação do Consórcio Brasileiro de Acreditação 


quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Curso presencial - Introdução à Acreditação Internacional JCI

Sobre o curso
Curso presencial - Introdução à Acreditação Internacional - Baseado na 6ª edição do Manual de Padrões de Acreditação da Joint Commission International (JCI). 
 Processo de seleção de Educadores/CBA - Entenda o que é um Educador e pré-requisitos clicando aqui
 Objetivo: Introduzir o tema sobre a metodologia de Acreditação internacional, com base nos procedimentos da Acreditação JCI, visando estabelecer uma base de informação e conhecimento para os profissionais participantes auxiliarem as instituições de saúde na implementação, preparação e manutenção do programa de acreditação internacional.
 Público Alvo: Profissionais com formação de nível superior, nas áreas da saúde ou correlatas em administração e engenharia, nesses casos relacionados com gestão ou prática em serviços de saúde.
 Desenvolvimento: O curso, promovido pela Coordenação de Ensino, será ministrado por instrutor especializado do CBA. Terá 16 horas de conteúdo teórico-prático, onde será apresentado todo o processo da metodologia da Acreditação internacional (conceitos, princípios, instrumentos, entre outros), além de leitura de material técnico científico específico e da realização de exercícios. O Programa segue abaixo.
 Conteúdo Programático
 Conceituação de avaliação e de acreditação
·         Perfil e características do avaliador
·         Objetivos e vantagens da acreditação
·         Quantificação do valor da acreditação 
·   Contribuição da acreditação par a qualidade e segurança dos cuidados em saúde – evidências
·         Histórico da avaliação e da acreditação
·         Fatores críticos para obtenção da acreditação
·         Enfrentamento de culturas e de resistências à acreditação
·         Qualidade em saúde - conceitos e situação contemporânea
·         Cultura da segurança
·         Preparação para a acreditação
·         Papéis – Escritório da Qualidade, Coordenação da Acreditação e Grupo Facilitador
·         Imersão no Manual Hospitalar - 6º edição Requerimentos para a acreditação
·         Padrões, propósitos e elementos de mensuração
·         Regras de pontuação
·         Capítulos com foco nos cuidados prestados aos pacientes
·         Capítulos com foco na gestão 
·         Capítulos para centros médicos acadêmicos
·         Agenda e avaliação
·         Regras de decisão para outorga de acreditação
·         Exercícios através de achados de avaliações.

DATA/HORÁRIO: 26/10/2018 e 27/10/2018 – De 08:30h às 17:30h.  
 O LOCAL DA FORMAÇÃO: Centro do Rio de Janeiro
INSCRIÇÃO: As inscrições para Pessoas Físicas serão realizadas através do site http://ead.cbacred.org.br/. Inscrições para Pessoa Jurídica poderão ser realizadas através do Link IntroduçãoPJ .
Obs.: A inscrição contempla 01 exemplar do Manual de Padrões de Acreditação Joint Commission International para Hospitais 6ª Edição. 

PAGAMENTO: O curso poderá ser pago de duas maneiras, através de boleto bancário em uma única vez ou parcelado em 03 vezes sem juros, através do site ead.cbacred. Caso sua inscrição seja pessoa jurídica a forma de pagamento será através de boleto bancário em uma única vez.
 NOTAS IMPORTANTES
 POR PARTE DO CBA: Informamos que não havendo formação de turma até o dia 21 de outubro, o Curso não será realizado. Sendo assim, a matrícula que tenha sido paga, o valor será devolvido ou disponibilizado para outros cursos/eventos do CBA. Não será responsabilidade do CBA o reembolso de despesas referentes a passagens e hospedagem.
 POR PARTE DO INSCRITO: Será cobrada uma taxa de cancelamento no valor de R$ 15,00 caso o boleto já tenha sido emitido. Será cobrada uma taxa de cancelamento pela emissão de nota fiscal de 5% do valor da nota caso a data de emissão ultrapasse o dia 30 do mês em que a nota foi emitida.
 CONTATOS - Sheila Barge - cba@cbacred.org.br

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Hospital de Clínicas de Porto Alegre cria programa de combate à sepse e reduz taxa de mortalidade na unidade



Hospital de Clínicas de Porto Alegre 
cria programa de combate à sepse e reduz taxa de mortalidade na unidade
Maior causa de morte entre pacientes internados em UTIs brasileiras - cerca de 55,7% dos casos da complicação registrados em unidades hospitalares no país em 2017 resultaram em óbito, segundo levantamento realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pelo Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas) -, a sepse é uma das maiores preocupações nas unidades de saúde. O cenário alarmante fez com que o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) acendesse o alerta para a adoção de medidas visando reduzir o número de ocorrências da doença, criando um programa especial para este fim. Em quatro anos de implantação do projeto, a taxa de mortalidade por sepse na unidade caiu de 55% para 40%.
O Programa Intrahospitalar de Combate à Sepse (PICS) começou na unidade em 2013 através de um levantamento cujo objetivo era identificar quais áreas apresentavam possíveis déficits que causavam lentidão no processo do tratamento do paciente com sepse.
“O atendimento deve começar com o reconhecimento precoce do problema. Para isso, montamos um programa de conscientização dos funcionários envolvidos na assistência para essa identificação rápida. Também criamos um curso no modelo de ensino à distância voltado para médicos, enfermeiros e técnicos de Enfermagem sobre o assunto”, explica o médico intensivista e executivo do PICS do HCPA, Rafael Barberena Moraes. De acordo com ele, a abordagem é totalmente voltada para a realidade da instituição, citando dados e processos da unidade e casos que aconteceram no hospital. O curso é obrigatório para os médicos residentes e conta pontos para o plano de cargos e salários dos funcionários.
Durante o curso, os profissionais são orientados a seguir um padrão de atendimento que envolve a solicitação e o encaminhamento de pedidos de exames, a notificação dos casos junto ao sistema da unidade, a aplicação mais rápida da medicação, entre outras determinações. Além da diminuição significativa das taxas de mortalidade, o projeto gerou uma queda significativa no tempo médio de reconhecimento desses casos. “Em 2014, levava-se, em média, seis horas; em 2017 passou para uma hora. Essa redução tem sido fundamental, já que quanto mais tempo se leva para detectar o problema, maior se tornam as chances de mortalidade”, assegura o médico.
Para Rafael Moraes é preciso dar notoriedade a esse tema, que é bastante prevalente. “Muitos hospitais e profissionais ainda não têm a cultura de que pacientes sépticos precisam ser atendidos com rapidez e que se trata de um processo que exige multidisciplinaridade. Se a unidade não está integrada e não se comunica bem, se torna impossível oferecer o tratamento correto, que é simples desde que se tenha toda a cadeia funcionando de forma conjunta. Desenvolvemos um protocolo que fica acessível a todos na intranet e sempre que acontece um caso de sepse o funcionário que eventualmente tiver alguma dúvida sobre como proceder pode acessá-lo”, ressalta.
Mais agilidade na administração de medicamento
Outro ganho advindo da criação do projeto foi a redução do tempo de início da administração do antibiótico para esses pacientes. Antes, as equipes levavam cerca de seis horas para começar a medicação. Atualmente, são duas horas, com o objetivo de reduzir para uma hora. “Esse é um resultado muito importante para nós. Em um sistema complexo como é o HCPA, uma unidade com 13 andares e mais de 600 leitos, 50 somente de UTI, o caminho da medicação até o paciente é longo. O médico prescreve, essa prescrição tem que chegar ao técnico de Enfermagem, que vai até a Farmácia. Daí o farmacêutico dispensa a medicação que está no estoque, que finalmente é levada para o enfermeiro aplicá-la. É uma cadeia que envolve diversos elos que, muitas vezes, podem ser frágeis. Agora, conseguimos trabalhar de forma multidisciplinar para que esses elos estejam todos ligados, reduzindo bastante o tempo do processo”, analisa o intensivista.
O reforço na comunicação entre os profissionais envolvidos no atendimento também pode ser visto no time de resposta rápida. A equipe, composta por um médico residente e um intensivista, fica à disposição para atender pacientes graves que estão fora da UTI e é uma novidade implementada pelo protocolo. Sempre que acontece uma intercorrência deste tipo, a Enfermagem aciona esse time, que consegue com mais rapidez e autonomia acessar o paciente com suspeita de sepse.
“Esse atendimento é feito em caráter de urgência e em menos de cinco minutos a equipe está junto ao paciente. Determinamos algumas condições clínicas que precisam ser verificadas para esse atendimento e, com isso, observamos a queda na morbidade e na mortalidade dos pacientes”, afirma Rafael Moraes.
Investimento em novas estruturas.
O novo programa colaborou para a implementação de mudanças estruturais importantes. Foram instaladas duas farmácias satélites ao lado da Emergência e da UTI, setores que mais dispensam antibióticos, e o hospital adquiriu um dispensatório eletrônico de medicamentos. Segundo o médico, as iniciativas vêm ajudando a agilizar o processo. “Hoje, se prescrevo uma medicação no quarto andar, a Farmácia visualiza esse pedido no sistema e o farmacêutico dispensa o medicamento, que vai automaticamente para o andar onde foi solicitado. Com isso, conseguimos eliminar o deslocamento do técnico de Enfermagem até a Farmácia central e em cerca de 15 minutos após a prescrição o remédio está no local onde foi requisitado”.
Para Rafael Moraes, o processo de acreditação pelo qual o HCPA passou, conquistando o selo da Joint Commission International em 2013, foi um estímulo importante para o desenvolvimento do programa.
“A acreditação trouxe uma cultura de busca pela qualidade e de responsabilidade pelos atos para a instituição. A partir do momento em que se estruturam protocolos, criamos formas de avaliar dados e procurar resultados a partir disso. A acreditação vem nos proporcionando isso; temos metas a cumprir. Nesse caso, as metas são ainda mais importantes, pois ajudam a diminuir a mortalidade, acrescentam segurança e nos mostram onde estão nossos problemas e onde podemos melhorar no atendimento para fazê-lo da forma correta, reduzindo os riscos para o paciente”, finaliza.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Hospital Moinhos de Vento aposta em projeto para garantir o bom andamento da desospitalização

Time de planejamento de Alta 
Hospital Moinhos de Vento aposta em projeto para garantir o bom andamento da desospitalização
Nem sempre o melhor lugar para o paciente estar é dentro de um hospital. A cultura, muito prevalente no Brasil, de que a internação hospitalar é a solução ideal para um tratamento médico completo vem sendo amplamente questionada, já que, dependendo do caso, pode não ser a opção mais indicada para a recuperação do paciente. É aí que entra a chamada desospitalização, a continuidade do cuidado em domicílio. Atento às necessidades do paciente, o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, criou o Time de Planejamento de Alta a fim de garantir o bom andamento dessa transição. A instituição também desenvolveu uma ferramenta em seu sistema de informação que permite que o médico acione essa equipe no momento em que achar necessário, solicitando ajuda em processos que possam proporcionar a alta hospitalar mais segura ou até mesmo antecipá-la.
O Time é formado por uma assistente social e duas médicas e conta com suporte da Gerência de Enfermagem e Gerencia de Operações. O grupo ajuda a identificar pacientes com risco de longa permanência na unidade e trabalha a situação com as equipes médicas, pacientes e suas famílias. A ferramenta online foi incorporada ao projeto há cerca de um ano e vem auxiliando na comunicação entre os setores envolvidos.
“Esse sistema permite ao médico solicitar uma avaliação nossa do paciente a qualquer momento que ele julgar necessário ao longo da internação. Se ele, por exemplo, identifica pacientes em risco social, com alguma dificuldade familiar ou necessidade de suporte domiciliar maior do que a prevista pela família após a alta, é possível acionar o sistema para pedir o auxílio do nosso grupo”, explica a médica do hospital, Lisangela Conte Preissler. Segundo ela, outro trabalho preventivo que envolve visita a setores do hospital e seus pacientes, os rounds multidisciplinares, também tem ajudado a identificar situações que, por vezes, as equipes e as próprias famílias ainda não perceberam.
Rotineiramente o Time de Planejamento de Alta recebe uma planilha com as solicitações de pacientes a serem avaliados, que então recebem a visita da assistente social do projeto a fim de entender as questões e tomar as decisões pertinentes com a equipe médica e de enfermagem.
“Nessa visita, conseguimos ter um panorama do que o paciente e sua família vão precisar para ter uma alta segura. Percebemos que as famílias carecem de alguém que lhes dê um norte sobre como se organizar para receber o paciente de volta em casa, desde a necessidade de aluguel de uma cama hospitalar, de uma dieta específica, encaminhamento de documentos para a solicitação de benefícios sociais, entre outras coisas. O paciente interna e, quando sai, não sabe que terá demandas diferentes das que tinha antes de entrar no hospital. E é aí que entra nossa ajuda”, ressalta a assistente social do Moinhos de Vento, Juliana Oss.
Taxas de sucesso
Desde abril de 2017, quando o projeto foi implementado, o hospital viu as taxas de tempo médio de permanência dos pacientes nas unidades de internação caírem. No ano passado, a média era de 10 dias; de janeiro a março deste ano este tempo foi reduzido para 8,5 dias.
“Com a implantação do projeto, temos evoluído muito, com melhora dos desfechos relacionados a tempo de permanência e giro do leito. Muitas vezes as intervenções necessárias são simples, como ajudar a localizar familiares que não estão presentes, providenciar questões de suporte como nutrição parenteral, uso da sonda, orientar a família sobre os caminhos para encontrar aportes como cama hospitalar, andador e fisioterapia. Temos uma interface grande com empresas de home care, por exemplo, que nos ajudam nessa questão de suporte”, esclarece Lisangela.
Para a gerente de Enfermagem do hospital, Rubia Maestri, a alta precoce é possível a partir de uma organização da equipe multidisciplinar, que busca alinhar todas as necessidades do paciente e da família na transição para o domicílio. “Orientá-los durante a internação a respeito de todos os cuidados que serão necessários em casa evita que no dia da alta ainda existam dúvidas e, por conta disso, a saída tenha que ser postergada”.
Grupos de apoio a familiares e cuidadores
Ainda visando a melhoria das atividades envolvidas no processo de desospitalização, o Moinhos de Vento criou grupos que reúnem as famílias e os cuidadores dos pacientes para abordar temas específicos a fim de prepará-los para o pós-alta.
“O hospital desenvolveu essa rede para orientar e tranquilizar pacientes e suas famílias e mostrar que eles não estão sozinhos, que podem contar com o suporte da equipe neste momento de alta. Existem grupos multidisciplinares que apoiam em temas específicos como grupos de orientações de dieta enteral com atividades práticas e grupo de orientação para ostomizados, ensinando a forma correta de manuseio da bolsa coletora”, conta Juliana Oss.
De acordo com Rubia Maestri, a iniciativa está totalmente conectada aos padrões de acreditação que a unidade vem cumprindo desde 2002. O Padrão ACC.4 do último manual para hospitais da Joint Commission International, instituição responsável pela acreditação da unidade, cita a necessidade de o hospital começar a planejar as necessidades continuadas dos pacientes após a alta, quando necessárias, o mais cedo possível, incluindo seus familiares no processo.
“A acreditação nos mostra a necessidade de o paciente ter um plano de cuidado individualizado desde o início e nos dá ferramentas de educação robustas onde cada profissional vai registrando informações sobre o paciente durante toda a internação. Estarmos nessa jornada de acreditação há tanto tempo facilitou termos todas essas ferramentas e estrutura assistencial organizadas para implementar esse outro passo que foi a ferramenta para o controle do tempo de permanência”, explica a gerente de Enfermagem, que também faz parte do comitê de acreditação da instituição.
www.cbacred.org.br 

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Revista destaca participação do paciente e investimento em tecnologia para aumentar qualidade e segurança na assistência em saúde


Revista destaca participação do paciente e investimento em tecnologia para aumentar qualidade e segurança na assistência em saúde
Uma reunião entre a equipe multidisciplinar do hospital e o paciente antes mesmo de sua internação, com o objetivo de conhecê-lo e ouvi-lo sobre as expectativas para o procedimento que realizará. É assim que começa o processo de tomada de decisão no tratamento terapêutico da unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital 9 de Julho (H9J), em São Paulo, que tem registrado resultados positivos, tanto na experiência do paciente quanto na redução de riscos.
Outro exemplo de participação do paciente na tomada de decisão é o Conselho de Pacientes do Hospital Sírio-Libanês (HSL), em São Paulo. Mensalmente, voluntários que tiveram experiência em diversas áreas do hospital reúnem-se com uma equipe do HSL para discutir e construir projetos de melhoria na assistência.
O desenvolvimento desses processos e de que forma eles têm contribuído para um atendimento ainda mais das instituições, está na 8ª edição da Revista Acreditação em Saúde, do Consócio Brasileiro de Acreditação (CBA). A publicação também traz entrevista com a superintendente do CBA, Maria Manuela Alves dos Santos, sobre os 20 anos da instituição e com o vice-presidente de Acreditação, Padrões e Medidas da Joint Commission International (JCI), Paul Chang, sobre as duas décadas de parceria entre as entidades.
O uso da tecnologia para garantir mais qualidade e segurança na assistência em saúde, orientação do Manual de Padrões de Acreditação para Hospitais da JCI, também tem destaque na revista. Exemplos são o uso da técnica robótica pelo Hospital BP Mirante, de São Paulo, que tem reduzido riscos de infecção, diminuído tempo de internação e aumentado a produtividade da equipe médica; o projeto pioneiro de gestão de leitos do Hospital São Vicente de Paulo, do Rio de Janeiro, para a diminuição do tempo de espera de pacientes por internação, e a informatização dos sistemas do Hospital Lusíadas Porto, em Portugal.
A publicação aborda ainda o trabalho do Escritório de Experiência do Paciente do Real Hospital Português de Beneficência em Recife (PE), o método de avaliação da segurança da instituição do Hospital Geral de Itapecerica da Serra (SP) e a atenção primária como eixo organizador do sistema de serviços de saúde adotado pela Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (CASSI) – CliniCASSI Brasília Sul e CliniCASSI Brasília Norte.
Baixe gratuitamente a Revista Acreditação em Saúde no site do CBA: http://www.cbacred.org.br/publicacoes/revista-acreditacao-saude

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Artigo: Erro no cuidado de saúde



Erro no cuidado de saúde 
Por Adelia Quadros Farias Gomes*

Quando o paciente procura um médico ou um serviço de saúde espera que a assistência seja prestada com qualidade técnica e segurança. Nem sempre o desfecho é o desejado, mas deve ser sempre o resultado da própria condição de saúde do paciente, jamais decorrente de erro.
Infelizmente, nem sempre é assim. A mídia tem noticiado inúmeros casos de danos causados não pela doença, mas pelo processo de cuidado de saúde, sendo muitos desses, decorrentes de erros cometidos pelos profissionais de saúde (sejam eles médicos, enfermeiros, farmacêuticos ou outros). São chamados deerros médicos”, termo inadequadamente utilizado.
É importante reconhecer que o problema da falta de segurança e os erros estão relacionados à organização de saúde, ao ambiente, aos produtos e à complexidade da assistência, com a realização de inúmeros procedimentos e processos interdependentes. Erro não é sinônimo de incompetência profissional. Muitos erros acontecem com profissionais bem qualificados. Sendo assim, a expressão “errors in health care – erros no cuidado de saúde” é mais adequada, uma vez que esses erros são um problema sistêmico e não apenas individual.
Chama a atenção a reflexão do médico Dario Ferreira: “Os médicos e profissionais de saúde ainda não perceberam a gravidade, o tamanho, a importância epidemiológica e a catástrofe que são os danos que a gente causa aos pacientes”.
Uma questão relevante é que os erros no cuidado de saúde representam um grande desperdício de recursos, cada vez mais escassos. Estima-se que custem entre US$ 17 e 29 bilhões por ano. No entanto, o impacto dos erros vai além do custo financeiro. Pacientes internados, em especial os que estão em terapia intensiva, recebem dezenas de ações e procedimentos corretos e adequados para o seu cuidado. A taxa de assertividade no cuidado é de cerca de 99%. A questão para refletirmos é: será que uma taxa de 99,9% de acertos no processo de cuidado seria adequada?
Para termos ideia do impacto desse percentual, se pode ser ou não suficientemente adequado, consideremos que em outras situações 0,1% de erros significariam cerca de 25 mil objetos distribuídos errados pelos Correios (Brasil) por dia, 200 quedas acidentais de recém-nascido por dia no mundo, e significaria 32 mil cheques bancários compensados na conta errada a cada hora, de acordo com o um estudo feito por William Edwards Deming, um dos pioneiros na aplicação de melhorias no âmbito da qualidade. Outro estudo, de Rosenthal e Sutcliffe, aponta que 0,1% de erros significaria 20 mil prescrições erradas por ano, 500 cirurgias incorretas por semana e 2 mil documentos perdidos por hora. Todavia, para cada paciente, um erro significa 100% de risco ou de dano.
Os erros associados ao cuidado de saúde provocam incidentes que causam danos ao paciente, chamados de eventos adversos. A consequência muitas vezes são as sequelas ou a morte. No entanto, há estudos que comprovam que muitos eventos adversos, principalmente durante a hospitalização, são potencialmente evitáveis. 
Eventos graves e inaceitáveis são denominados never events, pois nunca deveriam ocorrer em serviços de saúde, como por exemplo, choque elétrico durante a assistência; procedimento cirúrgico realizado no lado errado do corpo, no paciente errado; contaminação na administração de O2 ou gases medicinais; suicídio de paciente; óbito ou lesão grave de paciente associados ao uso de contenção física ou grades da cama durante a assistência dentro do serviço de saúde; úlcera por pressão - estágio III ou IV; administração de medicação pela via errada; overdose de insulina devido a abreviaturas ou dispositivo incorreto; transfusão ou transplante de componentes sanguíneos ou órgãos com sistema ABO incompatíveis; entre outros.
As mortes provocadas por erros no cuidado de saúde estão entre as três primeiras causas de óbito nos Estados Unidos. No Brasil, os erros podem estar entre a segunda e a quinta causa de óbitos. Estudo realizado em 133 hospitais no Brasil estimou que, em 2015, mais de 300 mil pacientes morreram em decorrência de erros associados à assistência hospitalar, sendo a segunda causa de morte, ultrapassando os óbitos por câncer e por doenças respiratórias.
É certo que alguns eventos adversos são apenas uma parte do problema dos erros, pois nem todos os erros causam danos ao paciente, como os relacionados ao uso inadequado de medicação. Mas, ainda que a maioria desses erros não resulte em dano ao paciente, é necessário o esforço conjunto para rever os processos e as práticas de segurança. A gestão dos riscos é fundamental para isso e contempla as etapas de identificação, notificação, análise, avaliação, monitoramento, tratamento e comunicação de riscos, além da identificação dos fatores de mitigação, planejamento e implementação das ações de melhoria. Também é de suma importância identificar os fatores contribuintes e suas principais causas. Com a elaboração de um plano de ação, as medidas preventivas e corretivas são adotadas e estratégias implementadas tanto para prevenir quanto para mitigar as consequências dos erros e incidentes.
Tendo em mente que Errar é Humano, e que erros, inexoravelmente, podem acontecer, precisamos torná-los visíveis e atenuar seus efeitos. Os erros devem ser encarados como uma oportunidade para a revisão de processos e aprimoramento da assistência prestada ao paciente.
* Médica, Mestre em Ciências da Saúde Pública, educadora do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) e membro da Sociedade Brasileira de Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP)


quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Certificação de Validação de Indicadores e Dados Hospitalares


Transparência é palavra-chave da nova Certificação de Validação de Indicadores e Dados Hospitalares oferecida pelo CBA
Dados equivocados podem levar a perigosos enganos na construção de indicadores na área da saúde. A preocupação com a correção levou o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) a desenvolver uma metodologia certificadora para dados e indicadores, de forma a garantir que sejam, de fato, confiáveis. De acordo com o coordenador de acreditação do CBA, José de Lima Valverde Filho, a validação é uma garantia de que os dados são bons e não induzirão a erros na construção de indicadores. “A validação procura identificar todas as etapas de coleta, como os instrumentos utilizados e a qualificação das pessoas envolvidas, por exemplo”, explica ele.
Os indicadores são avaliados quanto à relevância e fichas técnicas que devem conter metas, tipo de indicadores, fórmula e periodicidade de coleta, entre outras informações. “Quando não há alcance dos objetivos específicos, a organização de saúde deve elaborar e implantar planos de ação para atingir a meta do indicador. Trata-se de um processo contínuo”, afirma Valverde.
A nova Certificação de Validação de Indicadores e Dados Hospitalares foi criada a partir de uma solicitação do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), que buscava a máxima transparência na divulgação de dados e informações. “Este é um de nossos valores, tendo a confiança como um meio e a credibilidade como um fim. Decidimos abrir nossos indicadores de eficiência assistencial assim como os métodos de construção desses indicadores para validação externa e, em seguida, divulgar amplamente essas informações a todas as partes interessadas”, conta Ícaro Boszczowski, coordenador médico do HAOC.
Valverde esclarece que, de acordo com a nova metodologia, o CBA irá verificar a acurácia dos dados. “Isso será feito após uma nova coleta de dados previamente colhidos pela instituição, respeitando as mesmas condições. Esses dados serão, então, comparados. Serão aceitos erros amostrais que não ultrapassem os 10%”, esclarece. Para ele, a grande vantagem de uma instituição obter tal certificação é a garantia de que utiliza dados e indicadores corretos.
Boszczowski destaca também a questão da conquista da credibilidade de uma instituição de saúde como um importante diferencial. “Instituições que publicarem um conjunto de dados capaz de traduzir sua capacidade de trabalho, seu compromisso com a qualidade e segurança e sua busca incessante pela atualização utilizando recursos de maneira racional estarão em vantagem competitiva em relação a outras que não conseguirem se comunicar com a sociedade com a mesma clareza”, afirma. Ele acrescenta ainda que os indicadores devidamente validados são importantes instrumentos de autoavaliação e úteis para balizar ações de melhoria intra-institucional. Boszczowski lembra ainda que nova certificação é uma importante ferramenta para o benchmarking, frente a instituições ou grupos de instituições, sociedades de especialidades dentro e fora do Brasil que publicam indicadores e são reconhecidas por seguirem as melhores práticas.
Como são construídos os indicadores
Os indicadores hospitalares são obtidos a partir da coleta e análise de dados agregados para oferecer suporte aos cuidados aos pacientes e à gestão hospitalar. Estes dados fornecem um perfil do hospital ao longo do tempo e permitem a comparação do desempenho do hospital com outras organizações. Em particular, os dados agregados de gestão de riscos, gestão do sistema de infraestrutura, prevenção e controle de infecções e análise de utilização podem ajudar as equipes de uma instituição de saúde a compreender seu desempenho atual e a identificar oportunidades de melhoria. Exemplos de indicadores validados são as taxas de mortalidade hospitalar global e a cirúrgica; a de infecção pós-artroplastias de joelho e de quadril e de readmissão em até 30 dias após cirurgia bariátrica, entre outras.
Valverde ressalta que os indicadores possibilitam conhecer verdadeiramente um determinado desempenho para que se possa modificá-lo, se houver necessidade. “De posse dos indicadores, podemos acompanhar o andamento dos cuidados aos pacientes, avaliar os processos, adotar os redirecionamentos necessários e verificar os resultados e os impactos obtidos. Com isso, aumentam as chances de serem tomadas decisões corretas e de se potencializar o uso dos recursos”, diz. Ainda de acordo com ele, os indicadores favorecem a participação e o empoderamento das partes interessadas que, embasadas em informações, podem contribuir para as ações de melhoria.
A metodologia para validação de dados e indicadores é especialmente, mas não exclusivamente, indicada em casos em que uma nova medida é implantada como, por exemplo, as medidas clínicas que servem para ajudar um hospital a avaliar e melhorar um processo ou resultado clínico importante. Outra situação é quando há uma alteração nas ferramentas de coleta de dados, no processo de extração ou ainda quando muda o responsável pela coleta de dados, assim como mudanças na fonte dos dados e alterações aparentemente inexplicáveis dos resultados de uma medida. A validação também é importante quando os dados serão publicamente divulgados, seja no website da instituição de saúde ou em algum outro meio de comunicação.
Certificação do HAOC
O HAOC conquistou a Certificação de Validação de Indicadores e Dados Hospitalares em janeiro deste ano, mas o esforço começou muito antes. “O trabalho interno foi e tem sido bastante árduo. Estávamos atuando nesse projeto pelo menos cinco meses antes, desde a sua concepção, com uma equipe que conta com médicos, enfermeiros, epidemiologistas, pessoal das áreas de tecnologia da informação e inteligência hospitalar”, conta Boszczowski. A expectativa, de acordo com ele é que a ampla divulgação dos indicadores validados seja de grande utilidade para pacientes, médicos e outros profissionais e parceiros que atuam junto ao HAOC. “Qualidade e segurança resultam de planejamento, execução e monitoramento contínuos dos processos assistenciais e de apoio técnico. Os indicadores certificados atestam a nossa capacidade de entregar o melhor desfecho para o paciente utilizando recursos de maneira racional, de forma que o hospital seja sustentável e a perpetuidade da instituição esteja garantida”, frisa ele.
A nova certificação do CBA tem validade de dois anos e já está disponível. As instituições de saúde interessadas devem preencher um formulário específico e estar em total conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis pelas legislações brasileiras.

SAMU – DF aposta na segurança e é primeiro serviço público de remoção do país a buscar acreditação JCI


SAMU – DF aposta na segurança e é primeiro serviço público de remoção do país a buscar acreditação JCI
Transparência para os usuários, maior controle sobre riscos de infecção e monitoramento dos indicadores de saúde. Estes são apenas alguns dos principais objetivos a serem alcançados por meio do trabalho de melhoria contínua do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (SAMU – DF). Visando conquistar a acreditação da Joint Commission International (JCI), em 2015, buscou a expertise do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), e implantou na unidade o Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e da Segurança do paciente. De acordo com o diretor do SAMU – DF, Rafael Vinhal, os padrões JCI estão sendo implementados de forma gradual. “Foram criados diversos grupos de trabalho setoriais para executarem o programa de segurança e qualidade. Os protocolos operacionais e protocolos clínicos e assistenciais do serviço estão sendo revisados. Posteriormente, será preciso capacitar as equipes de atendimento. A implantação dos padrões envolve toda uma mudança de cultura organizacional, bem como dos processos de trabalho”, esclarece.
É fundamental que todos os atores envolvidos no cenário de atendimento pré-hospitalar estejam familiarizados com os padrões. “Cada um dos servidores da instituição deve estar aberto a aprimorar o seu processo de trabalho de forma a abandonar a cultura do ‘fazer à sua própria maneira’ e adotar rotinas de excelência baseadas em evidências”, frisa Vinhal. “Embora os padrões sejam claros, coerentes e pareçam óbvios de serem seguidos, adotá-los é um desafio. Devemos ter uma gestão de processos e de resultados bem orientada, visando o alcance das metas internacionais traçadas”, completa.
Vinhal conta que desde o início do processo muita coisa mudou. “O serviço passou por uma reorganização administrativa em seu organograma. Foi criada uma farmácia central, com farmácias setoriais, com um farmacêutico responsável. A assistência e logística farmacêuticas eram deficiências no serviço, incluindo o armazenamento e a dispensação das medicações, materiais e insumos”, informa. Ele acrescenta que foram criados núcleos de controle de infecção e de qualidade e segurança do paciente e que o SAMU – DF passou a trabalhar com um maior monitoramento de indicadores e de resultados. Alguns indicadores de serviço, inclusive, tiveram que ser revisados. “Revimos a missão, a visão e os valores da instituição, repensamos os indicadores de saúde, de qualidade e de resultados, refletimos sobre os direitos e os deveres de nossos usuários e criamos comissões de avaliação de prontuários e eventos sentinela”, conta ele.
De acordo com Vinhal, a mudança organizacional provocada pelo Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e da Segurança do Paciente foi capaz de dar eficiência aos processos de trabalho. “O Programa nos traz a certeza de que a população está sendo bem atendida e de que estamos prestando um serviço de excelência. Por meio dele, é possível controlar os riscos de infecção, monitorar melhor nossos indicadores de saúde e saber se estamos evoluindo nos processos de trabalho”, garante, destacando ainda que o programa assegura maior transparência para o usuário do sistema, que tem direitos e deveres bem estabelecidos.
Segurança acima de tudo
No SAMU – DF, a questão da segurança é um princípio que vem sendo continuamente reforçado em cursos de educação permanente. Para engajar as equipes nas questões relacionadas à qualidade e segurança, uma comissão executora do Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente realiza reuniões periódicas semanais com os gestores do serviço e monitora os grupos de trabalho criados para a execução do programa. Nestes encontros, são reforçadas informações pertinentes ao correto preenchimento dos prontuários, uma questão fundamental no atendimento pré-hospitalar.
Vinhal chama a atenção para o fato de que uma das maiores deficiências no atendimento pré-hospitalar é o controle de infecções. “Embora haja regras claras para o ambiente hospitalar, não há normas específicas de controle de infecções em ambiente pré-hospitalar. Nesse sentido, é necessária a implementação de um programa de controle de infecções, mediante construção de protocolos e de cursos de educação permanente”, diz. O trabalho da comissão, nascida a partir do desenvolvimento do Programa de Educação para Melhoria da Qualidade e da Segurança do Paciente, se dá através da confecção de protocolos, monitoramento de indicadores, vistoria de ambientes de atendimento e ações de educação continuada.
http://www.cbacred.org.br/noticias/2018/08/05.asp

segunda-feira, 13 de agosto de 2018


Análises sobre as necessidades dos pacientes nas instituições de saúde têm destaque na Revista Acreditação
Trazer o paciente para o centro da discussão, ouvi-lo e conhecer suas necessidades. Essa forma de abordar questões envolvendo pacientes e profissionais dentro das instituições de saúde, de forma criativa e eficaz, o design thinking, é o assunto que norteia os trabalhos de dois grandes especialistas: os professores assistentes da Johns Hopkins Carey Business School, a PhD Sharon Kim e o PhD Christopher Myers. A edição atual da Revista Acreditação, publicação científica do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), traz a primeira entrevista da dupla para uma publicação brasileira, na qual apresenta uma forma contemporânea de tratar problemas. “A coisa mais importante é que não podemos supor que sabemos tudo a respeito de clientes e pacientes. Há grande valor em criar um relacionamento com eles nesses processos de busca da solução dos problemas, nem que seja apenas para confirmar os conceitos existentes sobre seus pensamentos, sentimentos e experiências”, explica Kim.

A 14ª edição da Revista Acreditação traz ainda 4 artigos, a resenha do livro ‘Obcecados por Servir’ e uma reflexão temática, na seção ‘No Mundo da Acreditação’. A questão do envelhecimento, o cuidado com o idoso e as necessidades que surgem nesta fase da vida são abordadas em dois artigos: um relato de experiência sobre a atuação de enfermeiros residentes de um hospital privado do Rio de Janeiro que foram convidados a se colocar no lugar do outro em busca do aprimoramento do cuidado, e outro texto que analisou as demandas de orientações para o cuidador familiar de idosos com câncer em cuidados paliativos, presentes na literatura.

A questão de como a comunicação dentro de uma organização de saúde afeta a segurança do paciente é abordada em outro artigo que traz importantes sugestões de boas práticas de comunicação efetiva. Outra questão que mereceu um olhar apurado dos pesquisadores foi a experiência de implementação do Projeto de Encantamento do Cliente no Serviço de Saúde Bucal em um hospital acreditado pela Joint Commission International (JCI). Esta iniciativa teve como foco central a necessidade do cliente e as ações foram desenvolvidas de forma a captar clientes e fidelizá-los, investindo no atendimento personalizado e na qualidade do serviço. Os resultados apresentados no estudo comprovam o impacto positivo na melhoria dos resultados e o aumento na satisfação do cliente.

O livro em destaque apresentado nessa edição é de autoria do médico cirurgião e chief experience officer – CEO do Cleveland Clinic Health System, dr James Merlino. Em Obcecados por Servir, ele faz um relato forte, destemido e corajoso dos desafios enfrentados como profissional e perante as contradições entre a formação acadêmica e a prática médica.
Fechando esta edição da Revista Acreditação, a seção ‘No Mundo da Acreditação’ traz uma relevante reflexão sobre a questão da gestão da qualidade para o uso, manuseio e descarte de rejeitos radioativos em instituições de saúde, trazendo à tona questões como a capacitação dos profissionais, o meio ambiente, a qualidade e segurança do paciente e o uso do material radioativo no avanço das tecnologias em saúde.

A 14ª edição da Revista Acreditação está disponível em

 http://ojs.tecnologia.ws/index.php/Acred01/issue/view/19http://ojs.tecnologia.ws/index.php/Acred01/issue/view/19